#Cenas do arco da velha… agora, sem brincadeiras
FOTOGRAFIA DE SEAN ADAIR – REUTERS
Hoje, contam-se 15 anos desde o ataque às Torres Gémeas. Quem poderia, sequer, imaginar que tal fosse possível?
Até esse momento, a minha geração havia vivido o oblívio daqueles que julgam que nunca, nada, de realmente perverso acontece. Acredito que, sem sabermos, assistimos ao despoletar de um terceiro conflito à escala mundial. Uma espécie de gatilho do conflito contra o terrorismo.
Recordo-me onde vi a notícia pela primeira vez, onde estava, os cheiros que pairavam no ar, e o assento pouco confortável. Lembro-me do que senti quando fui sugada para a emissão noticiosa. Tenho presente, de forma vívida, o vídeo em directo do embate do segundo avião. Havia alguém a filmar, mesmo por baixo, bem perto. Uma daquelas perspectivas que enquanto viva não deverei conseguir apagar da memória.
Mas, a pior imagem que retenho são das pessoas que se lançavam pelas janelas. Não havia salvamentos à Hollywood, helicópteros, ou heróis que, no fim, salvam todos os que são indispensáveis à trama. Havia pessoas a morrer e outras que arriscavam a vida para as socorrer.
A realidade é bem mais feia do que a fantasia. Mas, aqueles que deram a vida em socorro dos feridos, são de uma beleza interior que contrapõe a violência e barbárie do acto.
Por um outro lado