Escritora frustrada. Mãe babada.Trapalhona por excelência. Gaja a quem tudo acontece. Adora escrever e fotografar sobre isso, apesar do jeito duvidoso. Experimentou Um lado. Agora, experimenta Por Um Outro. Será o avesso o lado certo?
Já dizia o ditado popular: não há uma sem duas, nem duas sem três. Para já, parece que Bob Dylan decidiu juntar-se a Sartre e Pasternak naquela cena de recusar o Prémio Nobel. Para já... Como ainda vamos a tempo, esperamos para ver se o silêncio se mantém, até à data da cerimónia de entrega do prémio.
Mas, o que corre por aí, é que a Academia Sueca desistiu de tentar bater à porta do Dylan. Parece que a vontade do Céu não está para aí virada. O que deve estar a ser bem engraçado. Algo nas linhas de:
(um daqueles colaboradores próximos com quem, alegadamente, a academia tem estado em contacto) Mas tu atendes o telefone?!?!
(Bob) Não.
(colaborador próximo) Porquê?
(Bob) Porque posso.
Cenas do mundo à parte (cunhas, tráfico de influências, manipulação danosa, ludibriagem no geral...), alguém teria coragem de recusar um Prémio Nobel, sabendo que levaria para o túmulo um diálogo interior horroroso?
Não aceitei, porquê? Devia ter aceite? Não devia? Servia para alguma coisa? Podia tê-lo transformado em algo bom? Reforçava aquilo em que não acredito?... E por aí fora.
Parece que, depois de sanada a dúvida sobre quem vence, ficámos com um Bob Dylan, maybe it is...
Realmente, saíu-lhe a rifa adulterada... quanto à Academia, parece que foi bater à porta errada.
Durante anos tive uma Parker Vector azul escura. Não andava com ela no dia-a-dia e só a usava para escritos muito especiais (pancas de miúda!).
No outro dia, passei pela montra de uma Papelaria onde as canetas (lindas) são parte integrante dos produtos que dispõem. Vendem quase tudo, neste domínio, com preços para várias bolsas.
Dei comigo a relembrar a minha Parker Vector, e a perguntar-me se ela ainda andaria cá por casa, misturada no monte das canetas que não têm uso imediato. Relembro-me que ela deitava um bocadito de tinta a mais e acabava por sujar as folhas... Isso e, a Miss Trapalhona aqui, era uma porquinha quando escrevia ou desenhava alguma coisa... Acabava sempre cheia de pintas por todo o lado. Nos dedos, nas mãos, nos antebraços, nos cotovelos, nas bochechas da cara, no nariz... digamos que as minhas aulas de Educação Visual eram uma aventura com tanta tinta permanente a passear pela minha secretária.
Relembro a expressão de uma certa professora quando inspeccionava os meus trabalhos... via-se que ela também achava que eu tinha mais jeito para desenhar Testes Rorschach do que triângulos escalenos.
Ando a namorar, sempre de passagem, a montra das Caran D'Ache quando me apercebi do expositor das Parker. E, é óbvio(!) que, relembrando a minha Vector, vim espreitar a página da web da Parker.
Depois de preencher o questionário do Find a Pen, e ficar altamente desiludida quando cheguei ao fim e ele não me sugeriu uma caneta que fosse, apaixonei-me de novo por uma, vá! duas, Parker... A Premier Monochrome Black Edition Ballpoint e a Urban Premium Metallic White Chiselled Ballpoint, ambas nas fotos acima.